Desenvolvimento do projeto - ideias e processos
O projeto final de AIA nos desafiou
a realizar uma intervenção em algum espaço subutilizado da Escola de
Arquitetura e Design da UFMG, sendo para tal proposta trabalhada várias
atividades ao longo dos meses de maio e junho e que culminaram no
desenvolvimento dessa intervenção por meio de uma maquete.
A partir das atividades anteriores e já com algumas ideias estabelecidas a partir da rede de implicações, decidimos que a intervenção deveria proporcionar estímulos visuais, conforto, interação e um ambiente de informalidade, mas sem perder o teor de calmaria e isolamento característicos do local. Além disso, as sensações de melancolia e tédio seriam mitigadas também.
Em vista disso, houveram propostas de alteração da iluminação por cor e intensidade, adição de mobiliário polivalente, pinturas nas paredes e chão, alteração do teto, entre outros, com enfoque na resolução das sensações negativas a serem amenizadas. Nesse bojo, surgiu a proposta de utilização de formas orgânicas no teto e que poderia se estender pelo ambiente em outros aspectos, já que esse tipo de forma gera um certo conforto, porém se tornou algo conflitante, ao passo que o brise possui forma geométrica (assim como o espaço em si) e, o mobiliário seguiria as ideias de espaçamento, proporção, forma desse elemento ("trazer" o brise para o espaço interno, mas a partir do mobiliário, estabelecendo um diálogo entre interior e exterior) e queríamos adicionar elementos em formas orgânicas. Esse dualismo e o ambiente pequeno que não propicia a gradação e fluidez dos elementos se tornou um obstáculo, o qual foi contornado pela determinação de apenas um estilo de forma, no caso a geométrica.

Ideia do teto com formas orgânicas em relevos, mancha no chão orgânica e mobiliário geométrico
Esboços de mobiliário geométrico nas paredes do corredor
Com base nas discussões com os professores, nos desenhos e processos criativos, resolvemos prosseguir com o mobiliário "imitando" o brise, de forma que esse pudesse ter vários usos e que esses usos seriam descobertos pelos próprios indivíduos que circulam nesse local. Posteriormente a ideia de se trabalhar com iluminação voltou, sendo pensado como um trabalho interativo e que utilizasse da tecnologia como suporte. Assim, fizemos faixas para completar o teto e dialogar com o brise, pois ambos tem a função de direcionamento e controle da luz. O teto foi pensado para ter vazios por onde a luz irá passar e ser direcionada e alterada por esses "brises" e, que conjuntamente com materiais coloridos transparentes, criam efeitos luminosos interessantes a serem explorados. Nesse viés, apesar do ambiente em si continuar muito vazio, com todas as paredes brancas e um chão mais neutro, o jogo criado pela iluminação teria o papel não só de iluminar, mas também de preencher o espaço e torná-lo mais confortável e visualmente estimulante.
Logo, para testes iniciais de iluminação construímos uma maquete, porém, fizemos outra, a qual já possuí as ideias da intervenção instaladas e funcionando, sendo não só parte do projeto final, mas também um suporte para testes, experimentação e imersão.
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