Visita ao MHNJB (Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG)

 A última aula foi uma visita ao MHNJB, no qual pudemos visitar o Museu de Arqueologia e o Presépio do Pipiripau. Além disso, lemos o texto "Teoria do Não-Objeto", um manifesto do movimento Neoconcreto brasileiro da década de 60.

Primeiramente, a visita ao Museu de Arqueologia foi muito interessante, pois foi possível ver tanto os objetos que os povos indígenas ancestrais da região norte de Minas Gerais utilizavam, quanto algumas ossadas que foram encontradas dessa população e, ainda tivemos guias que explicaram questões relativas às ocupações, às pinturas rupestres, à cultura e vida cotidiana e como se dava o uso e concepção de objeto para esses povos. Nesse sentido, me chamou a atenção a diferença de relação humano-objeto que se dá por conta da cultura, enquanto nós, em uma cultura capitalista temos uma percepção utilitária dos objetos, esses povos ancestrais com sua cultura e religiosidade própria percebiam esses com um caráter mais humanizado, como se fosse algo para além do utilitário, quase sagrado. Isso me remeteu ao texto que havíamos lido da "Teoria do Não-Objeto", uma nova tentativa de percepção do mundo, uma nova concepção e, diferente, como a visão desses povos ancestrais.

Foto de parte da exposição do Museu de Arqueologia

Posteriormente, visitamos o Presépio do Pipiripau, trabalho de uma vida toda de Raimundo Machado. Todas as peças, exceto uma foram feitas por ele, além de que o Presépio possui movimento dos personagens e elementos (controlado por uma casa de máquina) e conta diversas passagens da vida de Jesus e algumas menções à cidade de Belo Horizonte.

Retornando à ideia da relação humano-objeto, é interessante notar como o desejo de construção de um presépio, se tornou questão fundamental na vida de Raimundo ao ponto dele dedicar sua vida a essa atividade, o que demonstra outra concepção de interação entre humano e objeto.

Casa de máquinas do Presépio do Pipiripau

 Presépio do Pipiripau

Oficina de Raimundo Machado